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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

DOENÇAS ORGÂNICAS X DISTÚRBIOS MENTAIS

COMO PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA, TEMOS OBRIGAÇÃO E SABER ENXERGAR NOSSO ALUNO ALÉM DO FÍSICO, SABENDO QUE O MESMO É UM CONJUNTO DE UM TODO QUE ENVOLVE O AFETIVO, COGNITIVO,  "PSÍQUICO", SOCIAL, COMPORTAMENTAL, FISIOLÓGICO, REAÇÕES BIOQUÍMICAS, PSICOLÓGICAS....PORTANTO SEGUE INFORMAÇÕES SOBRE  PARA MELHOR AVALIARMOS NOSSOS ATLETAS OU ALUNOS PSICOLOGICAMENTE:


DOENÇAS ORGÂNICAS QUE GERAM DISTÚRBIOS MENTAIS

DOENÇAS ORGÂNICAS QUE GERAM DISTÚRBIOS MENTAIS

Encarar a conduta aberrante como doença é relativamente recente. Somente no século XII é que a custódia dos alienados de responsabilidade da igreja para a nascente Psiquiatria. Hoje é sabido que a postura oficial é medicalização, mas ainda hoje coexiste outra concepção.

Dentro da Psiquiatria houveram correntes técnicas que estiveram influenciando. Nos anos setenta, teve uma corrente anti-psiquiatra, que dizia que a doença é meramente uma fabricação ou uma rotulação da pessoa cuja conduta desvia da ordem estabelecida. Para a Psicologia Experimental, conduta aberrante seria o resultado de aprendizagem inadequada, podendo ser igualmente corrigida com técnicas de condicionamento.A corrente Psicanalítica influenciou a Psiquiatria durante a primeira metade deste século e enfatizou os dinamismos intrapsiquicos. A corrente da orientação social, décadas 60 e 70, a ordem social imperfeita seria a causa das doenças mentais.
Havia certas doenças que eram consideradas unicamente como doenças mentais e hoje sabe-se que tais doenças têm causa orgânica ou hereditária e como sintomas apresentam desajustes psíquicos. É o caso da pelagra, doença de Parkinson, fenilcetonúria e paralisia geral progressiva.
  • Pelagra - é ema doença de causa nutricional, que apresenta como sintomas quadro psicótico, depressivo e demências. É consequencia de deficiência específica de ácido nicotínico( também conhecida como vitamina B3, vitamina PP ou ácido nicotínico), uma das vitaminas do complexo B, o que evidencia a existência de uma lesão bioquímica.


  • Fenilcetonúria - é uma doença genética causada pela falta de uma enzima específica que metaboliza o aminoácido fenil- alanina que era acompanhada invariavelmente de deficiência mental. Ela é evitada retirando-se o aminoácido da dieta.

  • Doença de Parkinson, ou paralisia agitada é caracterizada por tremor, alterações da fala, anormalidades da marcha e postura, rigidez com diminuição geral de movimentos e às vezes alterações psiquicas. Não se sabe ainda a causa da doença, mas é conhecido que os indivíduos que a apresentam têm uma degeneração neuronal ao nível da substância negra e uma baixa concentração de dopamina nesta estrutura e no corpo estriado. Muitos neurônios, que da substância negra se projetam para o corpo estriado utilizam a dopamina como seu neurotransmissor. Assim, a doença de Parkinson parece ser decorrente de uma deficiência de dopamina a nível de corpo estriado. Essa doença passou a ser tratada satisfatoriamente com a droga Levedopa, que no organismo se transforma em dopamina e logo aumenta a quantidade desse neurotransmissor.

  • Paralisia geral progressiva - é um distúrbio psiquiátrico causado pela sífilis, quando seu agente, o treponema pallidum afeta o SNC(sistema nervoso central) caracterizando-se por euforia, idéias de grandeza, perda da capacidade intelectual, depressão do humor, irritabilidade. Atualmente ocorre raramente, devido à eficácia da penicilina no tratamento da sífilis.
Hoje a Psiquiatria não se preocupa com tais doenças pois tem causas definidas e tratamento apropriado. São patologias orgânicas com manifestações psiquiátricas.
No caso da esquizofrenia, não há patologia clássica e nem há lesão definida, embora estudos recentes têm encontrado alterações morfológicas, como a redução do tecido nervoso e desorganização neuronal, e alterações neuroquimicas, como diminuição do número e da sensibilidade de moléculas receptoras do neurotransmissor glutamato. Seria uma explicação neuroquímica no lugar de uma anatomopatológica.
Para distúrbios de ansiedade, seria mais difícil aplicar o conceito de doença, a psicopatologia considera plausível que o ser humano possa reagir de modo padronizado a sinais de perigo, peculiar da espécie e o exagero de tais reações possa estar na raiz de medos emocionais e fobias.
No que se refere à doença, há uma idéia de múltipla causalidade, muito difundida, não há gene ou carácter algum que expresse em 100% dos casos. Estudo sobre a esquizofrenia mostram uma hereditariedade de no máximo 70%. No distúrbio de ansiedade generalizada o fator genético pesa pouco.
Na esquizofrenia a análise multifatorial não parece favorecer a Psicanálise. As evidências mais recentes sugerem que a esquizofrenia deve-se a um desvio do desenvolvimento neural precoce provavelmente durante o segundo semestre de gravidez, que leva à alteração da organização cerebral no adulto, como podem atuar fatores genéticos e também infecções viróticas, deficiências nutricionais e outros fatores ambientais, porém não necessariamente psicológicos. A organização cerebral distorcida geraria desequilíbrio funcional entre os dois hemisférios cerebrais caracterizado por um hiperfuncionamento defeituoso no hemisfério esquerdo, levando a uma disfunção na esfera do pensamento. Essa determinação não psicológica pode explicar o relativo insucesso da psicanálise no tratamento de esquisofrênicos. Porém o estresse psicológico pode agravar ou precipitar surtos de esquizofrenia.
Paradoxalmente, o fato de haver alterações funcionais orgânicas ou até causa orgânica, não significa que o tratamento deve ser orgânico. Se existem causas psicológicas não quer dizer que o tratamento deva ser psicológico.
Na ansiedade e depressão há disfunção orgânica mas isso não significa que a causa seja orgânica. Birman (1983), psicanalista, expôs pontos que um psiquiátra clínico discorda, como divisão dos transtornos mentais em neuroses e psicoses, onde o primeiro teria causa psicológica e tratamento psicológico e o segundo, teria causas orgânicas, e tratamento pelo psiquiatra e com medicamentos. Essa divisão acabou na Psiquiatria moderna. Até mesmo o uso dessas palavras foram abolidos por causa da conotação dúbia.
A cura das doenças mentais entendida como restabelecimento de um equilíbrio prévio é uma definição médica e não existe em psiquiatria. Falar de cura na Psiquiatria é mais problemático do que qualquer campo da medicina. Na ansiedade e depressão, com o lítio e os antidepressivos obtêm-se remissão de 2/3 dos casos. Já na esquizofrenia diferentes níveis de melhora podem ser alcançados, mas não a recuperação total.
Na Psicanálise a cura é problemática por causa dessa idéia de restauração do estado anterior ao acontecimento. O que ela propõe para o indivíduo é que se torne mais flexível com maior capacidade de superar obstáculos que se impõe.

REF: http://labs.icb.ufmg.br/lpf/revista/revista1/volume1_loucura/cap6.htm


O CORPO PRODUZ FENILALANINA

A fenilalanina é um aminoácido natural, encontrado naturalmente tanto nas proteínas vegetais como animais.
Porém, fenilalanina faz mal para os fenilcetonúricos, que são incapazes de a digerir o que a torna uma perigosa toxina para o cérebro desses pacientes, embora para a população de forma geral, a fenilalanina não faz mal nenhum e em alguns casos pode até ser utilizada como suplemento para ajudar a emagrecer.

Para que serve a fenilalanina

A fenilalanina serve para compor a célula do corpo humano, além de ser um componente essencial dos tecidos corporais. Ela é considerada um aminoácido essencial porque o organismo não a consegue sintetizar, sendo importante ingerir uma quantidade suficiente na alimentação para que o organismo fique equilibrado e produza adrenalina e tirosina em quantidades suficientes para a saúde do organismo, pois estão envolvidos em uma série de reações bioquímicas importantes.

Como a Fenilalanina pode ajudar a emagrece

A fenilalanina é um composto que pode ajudar a emagrecer, pois atua no cérebro, diminuindo a sensação de fome. Ela ainda espanta o mau humor, confere mais energia, atua como analgésico e melhora a capacidade de aprendizado. Recomenda-se a suplementação com 1 a 2 gramas por dia de fenilalanina para emagrecer.

Alimentos com fenilalanina

Alguns exemplos de alimentos do cotidiano com alto teor de fenilalanina são:
  • Aspartame, usado como substituto do açúcar em diversas balas
  • Todos os tipos de peixes
  • Qualquer parte do frango
  • Arroz
  • Feijão
Veja uma lista mais completa em: Alimentos ricos em Fenilalanina

Contraindicações da fenilalanina

Qualquer alimento que contenha mais do que 5% de proteína é contraindicado para os portadores de fenilcetonúria.
É obrigatório que os produtos industrializados que contenham fenilalanina tenham esta informação em destaque no rótulo do produto.
A Anvisa disponibiliza no seu site uma tabela para fenilcetonúricos que contém a quantidade de fenilalanina em diversos alimentos. Esta tabela é muito útil para a correta alimentação dos pacientes diagnosticados com a doença. Veja também como é feito oTratamento da fenilcetonúria. (RETIRAR ALIMENTOS COM FENILALANINA).

Como a fenilalanina intoxica os fenilcetonúricos

A fenilalanina hidroxilase é o nome da enzima que digere a fenilalanina. Os fenilcetonúricos não a possuem e, por isso, para eles ela se torna tóxica.
Quando a fenilalanina fica no sangue em excesso e não se transforma em tirosina, ela se transforma numa substância tóxica chamada de ácido pirúvico. Esse ácido é um componente encontrado na urina ou no suor e que, quando se acumula no sangue, impede outros processos metabólicos, afetando o desenvolvimento neurológico do indivíduo, causando lesões cerebrais irreversíveis. Veja 
A fenilcetonúria é uma doença genética, diagnosticada através do teste do pezinho ainda no hospital. Esta doença que faz com que os alimentos que tenham uma substância chamada fenilalanina intoxique o cérebro, causando retardo mental irreversível, por exemplo.
As crianças que nascem com esta doença têm um problema digestivo no fígado em que o aminoácido presente na proteína dos alimentos, a fenilalanina, gera uma substância que é "venenosa ".
Mais sobre este assunto
Os alimentos para fenilcetonúricos são, especialmente, os que têm quantidades mais baixas do aminoácido fenilalanina, como frutas e legumes porque os pacientes com esta doença não conseguem metabolizar esse aminoácido.
Alguns produtos industrializados têm nos rótulos informação sobre a presença de fenilalanina no produto e qual é a sua quantidade, como gelatina de ágar ágar, refrigerante não diet, picolé de frutas, açúcar ou polvilho, por exemplo, por isso, é importante que o paciente ou os pais do paciente confiram nos rótulos dos alimentos se o alimento tem ou não fenilalanina e qual a sua quantidade.

Tabela de alimentos para fenilcetonúricos

A tabela de alimentos para fenilcetonúricos tem a quantidade de fenilalanina de alguns alimentos.
AlimentosMedidaQuantidade de fenilalanina
Arroz cozido1 colher de sopa28 mg
Batata doce frita1 colher de sopa35 mg
Mandioca cozida1 colher de sopa9 mg
Alface1 colher de sopa5 mg
Tomate1 colher de sopa13 mg
Brócolis cozido1 colher de sopa9 mg
Cenoura crua1 colher de sopa9 mg
Abacate1 unidade206 mg
Kiwi1 unidade38 mg
Maçã1 unidade15 mg
Biscoito Maria/Maisena1 unidade23 mg
Creme de leite1 colher de sopa44 mg
Manteiga1 colher de sopa11 mg
Margarina1 colher de sopa5 mg
A quantidade de fenilalanina permitida em um dia varia de acordo com a idade e o peso do paciente. O nutricionista faz um cardápio de acordo com a quantidade permitida de fenilalanina que inclui todas as refeições e como prepará-las para facilitar a compreensão e a adesão ao tratamento dos pacientes e dos pais em caso de crianças.

Lista de alimentos ricos em fenilalanina

Os principais alimentos ricos em fenilalanina e que devem ser retirados da alimentação são:
  • Carnes de todos os tipos: carnes vermelhas, frango, peixes e mariscos;
  • Derivados de carne: linguiça, bacon, presunto, salsicha, salame;
  • Vísceras de animais: coração, tripas, moela, rins;
  • Leite e derivados, inclusive alimentos que contenham leite como ingrediente;
  • Adoçantes com aspartame;
  • Ovos;
  • Oleaginosas: amêndoas, amendoim, noz-pecã, castanha-de-caju, castanha do Pará, avelã, pistache, pinhão;
  • Farinha de trigo e alimentos que a contenham como ingrediente;
  • Leguminosas: soja e derivados, grão de bico, feijão, ervilha, lentilha;
  • Alimentos industrializados ricos em ingredientes que contêm fenilalanina, como achocolatado, gelatina, biscoitos, pães, sorvetes.
Além desses alimentos, as pessoas com fenilcetonúria também devem controlar a ingestão de alimentos como massas, arroz, frutas e legumes. 

Quantidade de fenilalanina em alimentos permitidos

A tabela abaixo traz a quantidade de fenilalanina em 100 g de alimentos que podem ser consumidos pelos fenilcetonúricos, mas de forma controlada.
AlimentoQuantidade de fenilalaninaCalorias (kcal)
Achocolatado132 mg370
Açaí, polpa27 mg58
Agrião150 mg17
Alface62 mg14
Batata inglesa71 mg52
Batata doce69 mg77
Batata pré-frita100 mg127
Banana48 mg98
Cenoura50 mg34
Couve manteiga106 mg27
Creme de leite UHT177 mg221
Doce de leite416 mg306
Ervilha (vagem)120 mg88
Extrato de tomate40 mg61
Ketchup28 mg100
Maçã11 mg56
Mamãe29 mg45
Mingau de arroz303 mg375
Mistura para pão de queijo47 mg440
Néctar de laranja7 mg48
Tapioca1 mg227
Tomate44 mg15
A quantidade e a variedade de alimentos que podem ser ingeridos é regulada de acordo com a gravidade da doença e deve seguir a orientação do médico e do nutricionista.

Para entender melhor sobre a fenilcetonúria, veja:

FALTA E EXCESSO DE DOPAMINA x TREMORES


  •  os indivíduos que têm uma degeneração neuronal ao nível da substância negra e uma baixa concentração de dopamina nesta estrutura e no corpo estriado apresentam o mal de Parkinson ou paralisia agitada.


  •  Muitos neurônios, que da substância negra se projetam para o corpo estriado utilizam a dopamina como seu neurotransmissor.


Assim, a doença de Parkinson parece ser decorrente de uma deficiência de dopamina a nível de corpo estriado. Essa doença passou a ser tratada satisfatoriamente com a droga Levedopa, que no organismo se transforma em dopamina e logo aumenta a quantidade desse neurotransmissor. 
http://labs.icb.ufmg.br/lpf/revista/revista1/volume1_loucura/cap6.htm


  • #PS: SUBSTÂNCIA NEGRA: 
  • É UM GRUPAMENTO DE NEURÔNIOS SITUADOS NA PARTE ANTERIOR DO MESENCÉFALO, ACIMA DA PONTE DE VARÓLIO, QUE SECRETA OU ELIMINA DOPAMINA(DOPAMINÉRGICOS)
  • AS FIBRAS QUE PARTEM DESSE NÚCLEO SÃO ASCENDENTES , SUBINDO EM DIREÇÃO AO HIPOTÁLAMO(INSTINTOS), AO SISTEMA LÍMBICO(EMOÇÕES), AOS GÂNGLIOS DA BASE(MOTOR) E AO CÓRTEX(REGISTROS). 
  • A DOPAMINA TAMBÉM É ELABORADA NO STRIATUN(SISTEMA LÍMBICO), ELA É LIBERADA EM SENSAÇÕES PRAZEROSAS DE QUALQUER ESPÉCIE, 
  • ESTANDO TAMBÉM RELACIONADA AO USO DE DROGAS E TABAGISMO, 
  • EM  ANIMAIS EXPERIMENTAIS, A DOPAMINA É LIBERADA QUANDO O ANIMAL RECEBE UMA RECOMPENSA APÓS TER EXCUTADO UMA TAREFA, SENDO QUE ELE VOLTA A REPETIR A TAREFA NOVAMENTE PARA SER RECOMPENSADO(A NÍVEL CEREBRAL).
  • POR SER UM NEUROTRANSMISSOR INIBITÓRIO, A DOPAMINAESTÁ RELACIONADA AO CONTROLE DAS ORDENS MOTORAS PROVINDAS DO CÓRTEX MOTOR.(CONTROLE DOS MOVIMENTOS)...A SUA FALTA CAUSA O MAL DE PARKINSON
EXCESSO DE DOPAMINA

O EXCESSO DE DOPAMINA NAS SINAPSES LÍMBICAS CAUSA AS "MANIFESTAÇÕS QUÍMICAS" DA ESQUIZOFRENIA COM ALTERAÇÕES EMOCIONAIS, ALUCINAÇÕES, ALUCINAÇÕES EMOCIONAIS,  POSTURA RÍGIDA ETC...
COMO ESTÁ RELACIONADA A SENSAÇÕES PRAZEROSAS HÁ EVIDÊNCIAS QUE A SUA FALTA OU DEFICIÊNCIA ESTÁ RELACIONADA OU ENVOLVIDA COM OS ESTADOS DEPRESSIVOS.

FALTA DE DOPAMINA

PODE CAUSAR:



O CORPO HUMANO

A Terra abriga mais de 6 bilhões de seres humanos. Cada pessoa é um ser único,TEM SUA INDIVIDUALIDADE, é diferente de todos os outros seres em muitos aspectos, como é o caso da aparência externa. Mas o corpo humano é formado basicamente pelas mesmas estruturas e somos todos influenciados pelo ambiente em que vivemos. Essa influência vem do meio social, da cultura de que fazemos parte e também das relações afetivas que vivenciamos.
Vamos estudar então alguns aspectos relacionados com a estrutura e o funcionamento do corpo humano, desde as células até os sistemas que o compõe.

PLANOS EM QUE SE REALIZA OS MOVIMENTOS ARTICULARES E TIPOS DE MOVIMENTOS ARTICULARES

Quando o corpo humano se encontra na posição anatômica de referência, todos os segmentos corporais são considerados como estando posicionados em zero grau. A rotação de um segmento afastando-se da posição anatômica é designada em conformidade com a direção do movimento e será medida como ângulo entre a posição do segmento corporal e a posição anatômica.
Movimentos articulares no plano Sagital
Partindo da posição anatômica, no plano sagital ocorrem três movimentos primários: flexão, extensão e hiperextensão. A flexão inclui as rotações no plano sagital, dirigidas anteriormente, de cabeça, tronco, braço, antebraço, mão e quadril, bem como a rotação no plano sagital, dirigida posteriormente, da extremidade inferior. Extensão é definida como o movimento que recoloca um segmento corporal em sua posição anatômica a partir de uma posição de flexão, enquanto a hiperextensão é a rotação além da posição anatômica na direção oposta à direção de flexão. Se os braços ou as pernas são rodados interna ou externamente a partir da posição anatômica, a flexão, a extensão e a hiperextensão no joelho e no cotovelo poderão ocorrer em um plano diferente do sagital.
A rotação no plano sagital ao nível do tornozelo ocorre quando o pé é deslocado em relação à perna ou quando esta última é deslocada em relação ao pé. O movimento que aproxima o dorso do pé da parte inferior da perna é conhecido como dorsiflexão, enquanto o movimento oposto, que pode ser visualizado como “posicionamento” da bola do pé, é chamado de flexão plantar.

Movimentos articulares no plano frontal

Os principais movimentos rotacionais no plano frontal são a abdução e a adução. A abdução movimenta um segmento corporal afastando-o da linha média do corpo e a adução movimenta um segmento corporal aproximando-o da linha média do corpo.
O plano frontal também inclui movimentos como a rotação lateral do tronco, que é chamada de flexão lateral direita ou flexão lateral esquerda. O movimento nas direções superior e inferior da cintura escapular, são denominados elevação e depressão, respectivamente. A rotação da mão ao nível do punho no plano frontal na direção do rádio (na direção do polegar) é denominada desvio radial, enquanto a rotação da mão na direção da ulna (direção do dedo mínimo) é denominada desvio ulnar.
Nos pés, os movimentos que ocorrem no plano frontal são a eversão e a inversão. Denomina-se eversão a rotação externa da região plantar, e rotação interna a dessa região é denominada inversão. Abdução e adução também são termos usados para descrever a rotação externa e interna do pé como um todo. Pronação e supinação são termos usados frequentemente para descrever o movimento que ocorre na articulação subtalar. A pronação na articulação subtalar consiste em uma combinação de eversão, abdução e dorsiflexão, enquanto supinação envolve inversão, adução e flexão plantar.

Movimentos articulares no plano transversal

No plano transversão os movimentos articulares são rotacionais ao redor de um eixo longitudinal. Para descrever os movimentos no plano transversão da cabeça, do pescoço e do tronco, são utilizados os termos rotação esquerda e rotação direita. A rotação de um braço ou de uma perna como uma única unidade no plano transversal  é denominada rotação medial, quando a rotação ocorre afastando-se da linha média do corpo, denomina-se rotação externa.
Para os movimentos rotacionais do antebraço, são utilizados termos específicos, como supinação para a rotação externa e pronação para a rotação interna.
Abdução e adução são movimentos executados no plano frontal, porém, quando o braço ou a coxa passa a ocupar uma posição com 90º de flexão, o movimento desses segmentos no plano transversal, da posição anterior para a lateral, recebe o nome de abdução horizontal ou extensão horizontal. No plano transversal, o movimento de uma posição lateral para anterior é denominado abdução horizontal ou flexão horizontal.
Outros movimentos
Segundo Hall, muitos movimentos dos membros se processam em planos que são orientados diagonalmente aos planos cardinais reconhecidos tradicionalmente. Porém, levando-se em conta que os movimentos humanos são tão complexos, a identificação nominal de cada plano de movimento humano seria pouco prática.
Um caso especial de deslocamento geral envolvendo o movimento circular de um segmento corporal é chamado de circundução. Por exemplo, o traçado de um círculo imaginário no ar com a ponta do dedo indicador, enquanto o restante da mão permanece imóvel requer a circundução na articulação metacarpofalângica. O movimento de circundução combina flexão, extensão, abdução e adução, resultando em uma trajetória cônica do segmento corporal móvel.
Veja abaixo a imagem com as legendas dos movimentos articulares:

Movimentos articulares

A FlexãoH Rotação medialN ExtensãoT Supinação
B ExtensãoI Rotação (E)O ProtrusãoU Abdução horizontal
C HiperextensãoJ Rotação (D)P RetraçãoV Adução horizontal
D AbduçãoK Flexão lateral (D)Q Desvio ulnarW Dorsiflexão
F CircunduçãoL Flexão lateral (E)R Desvio radialX Flexão plantar
G Rotação lateralM FlexãoS PronaçãoY Eversão
 Z Inversão