A Fibromialgia caracteriza-se por ser uma síndrome dolorosa crônica, apresentando dores em diferentes pontos, e distúrbios do sono entre vários outros sintomas.
Ocorre em cerca de nove mulheres para cada homem em idades variadas. Caracterizada, principalmente, por uma dor difusa, referida no sistema músculo-esquelético, acompanhada por fadiga, distúrbios do sono e pontos dolorosos pré-determinados.
É considerada uma síndrome porque é identificada mais pelo número de sintomas do que por uma má função específica. Não necessariamente apresentará todos os sintomas, mas outros podem estar presentes, como parestesia, disminorréia, cefaléia, artralgia, rigidez matinal, ansiedade e depressão.
Incidência
Estima-se que a fibromialgia seja a terceira maior causa que levaria um indivíduo a procurar um reumatologista (Rosa Filho, 2004), sendo vista como uma das queixas reumáticas mais comuns, afetando 2% da população onde o predomínio é pelo sexo feminino cuja idade varia de 25 a 50 anos. É pouco relatada nos países em desenvolvimento ( Hirakui, 2004).
O que Causa a Fibromialgia
Alguns fatores isolados como traumas emocionais ou físicos, estresses como doenças, mudanças hormonais, etc., podem gerar dores ou fadiga generalizadas que não melhoram com o descanso e que caracterizam a Fibromialgia.
Outro fator importante é a falta de serotonina, que é produzida no nível delta do sono, constantemente interrompido na fibromialgia.
lguns pacientes são capazes de identificar fatores que agrava as dores, como quadros virais, traumas físicos (acidentes automobilístico), traumas psíquicos (problemas com filhos, divórcios e outros), mudanças climáticas (especialmente o frio e a umidade), sedentarismo e a ansiedade são os mais relatados. Porém, o único achado relevante ao exame físico é a presença dos pontos dolorosos ou "tender points".
Sintomas Clínicos
A alteração mais evidente é a dor generalizada, mas é possível identificar rigidez generalizada no corpo, pela manhã e edema nas mãos e nos pés onde também são notadas paresias, principalmente nas mãos. Cansaço extremo que se mantém durante quase todo o dia. Acredita-se que devido a este sintoma, os pacientes com Fibromialgia não tenham tolerância ao esforço físico, mas é importante ressaltar que mesmo que pareça um paradoxo, esses pacientes devem, de forma orientada, estar atentos à prática de exercícios físicos, para estimular serotonina.
Cefaléia tensional, sensibilidade ao frio, vertigem, dificuldade de concentração, secura de olhos e boca, taquicardia, tensão pré-menstrual, irritabilidade e distúrbio de humor são, também, observados (Hirakui, 2004).
Diagnóstico
O critério para o diagnóstico é puramente clínico. Embora pareça que o paciente esteja fisicamente normal, um exame mais detalhado e minucioso demonstra áreas bastante sensíveis ao toque. São pontos hipersensíveis sobre músculos e ligamentos.
Para que seja confirmada qualquer suspeita sobre fibromialgia, deve-se obedecer alguns critérios estabelecidos, como presença de dor disseminada por 3 meses ou mais.
A dor é disseminada quando apresentar:
-Dor no hemicorpo esquerdo e direito;
-Dor acima e abaixo do punho;
-Coluna cervical;
-Parede anterior do tórax;
-Coluna torácica;
-Coluna lombar.
Em conjunto com a dor disseminada, é preciso que o paciente sinta dor pelo menos em 11 dos 18 tender points, que são pontos palpáveis, hipersensíveis, espalhados por todo corpo:
-Região occipital: bilateralmente, nas inserções dos músculos;
-Coluna cervical inferior, nos espaços intertransversais, bilateralmente;
-Trapézio, bilateralmente, no ponto médio da borda superior;
-Supra-espinhoso, bilateralmente, nas origens e acima da espinha escapular e da borda medial da escápula;
-Segunda costela, bilateralmente, no 2º espaço intercostal e articulação condrocostal;
-Epicôndilo lateral: bilateralmente, 2 cm abaixo dos epicôndilos;
-Região glútea, bilateralmente, nos quadrantes superolaterais e abaixo do piriforme;
-Trocânter maior, bilateralmente, posterior à proeminência trocantérica;
-Joelho, bilateralmente nas interlinhas mediais e no local de inserção dos músculos da pata de ganso. (Hirakui, 2004).
Combinar sessões de acupuntura com exercícios específicos é a base do tratamento. A acupuntura, por meio do estímulo dos terminais nervosos, determina o aumento da produção de serotonina e endorfina no sistema nervoso central, que age como forte analgésico a partir de sua ação no sistema supressor da dor e ainda auxilia no controle emocional, agindo em seu efeito antidepressivo e anti-ansiolítico, possibilitando a regularização do sono e a diminuição da fadiga. Como em quase todas as doenças, é importante que o paciente promova significativas mudança em suas atitudes. Exigir-se demais, com perfeccionismo no dia a dia, só pode atrapalhar a recuperação. Sair do emprego ou reduzir atividades cotidianas é outra falha usual. Por outro lado, em casos mais graves é necessário o uso de medicamentos auxiliares ao tratamento.
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